E dição
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27/04/2017
Cigarro:
riscos de arteriosclerose e trombose
O
vício do cigarro acresce à saúde novos inimigos a cada dia. Com mais
de 4 mil compostos químicos (a maioria deles tóxica), incluindo a
nicotina e monóxido de carbono, acroleína e outros oxidantes
(presentes na composição do cigarro), diminui a espessura dos vasos
sanguíneos e reduz a concentração de oxigênio no sangue, entre os
outros danos já conhecidos.
A
exposição constante da fumaça induz a múltiplos efeitos patológicos
no organismo, causados pelo estresse oxidativo das células.
A
cirurgião vascular e angiologista Aline Lamaite informa que os
efeitos adversos do cigarro são muitos e, no caso da saúde das
veias, o fumo também afeta principalmente a circulação e favorece o
aparecimento de processos de trombose (com entupimento dos vasos e
que pode levar à morte), principalmente quando associado a outros
fatores de risco.
Por
conta de todas as doenças associadas, o tabagismo é, segundo a
Organização Mundial da Saúde , a principal causa de morte evitável
no mundo.
Normalmente relacionado ao aumento da probabilidade de desenvolver
infarto e câncer bucal, o cigarro também pode causar problemas
circulatórios como arteriosclerose (envolvendo as artérias da perna)
e tromboangeite obliterante - distúrbio que afeta as extremidades do
corpo e, em ambos os casos, há riscos de amputação de membros:
pernas, pés e mãos.
Alguns estudos também sugerem que a exposição à fumaça do cigarro
resulta na ativação das plaquetas e estimulação da cascata de
coagulação, causando um aumento na incidência de trombose arterial
em fumantes, ao mesmo tempo em que as propriedades anticoagulantes
naturais são diminuídas, dificultando inclusive processos de
cicatrização após cirurgias e procedimentos. |