Ano XX nº 235 -

Edição 235

15/05/2017

 

Odontologia Hospitalar do HC-FMUSP:
treinamento árduo para o para o CD

O Curso de Odontologia Hospitalar do HC/FMUSP foi criado em1986, em modelo de Residência, com dois anos de duração em tempo integral.  “O objetivo foi e continua sendo o de formar cirurgiões- dentistas preparados para trabalhar no nível de complexidade de um hospital terciário e universitário em todas as áreas de atuação da Odontologia necessárias em ambiente hospitalar, explica o presidente do Comitê Assistencial Técnico-Científico em Odontologia Hospitalar (CAOH), prof. José Tadeu Tesseroli de Siqueira, (foto) da Equipe de Dor Orofacial (Edof) da Diretoria de Odontologia do Instituto Central do HC-FMUSP.

“Portanto – explica Tesseroli -, a Residência visa atender pacientes com maior nível de risco e complexidade médica, próprios de hospitais, e que necessitam de avaliação e tratamentos odontológicos. No entanto, toda a equipe trabalha com foco na necessidade de manter a saúde bucal dos pacientes internados no complexo do Hospital das Clínicas da FMUSP.”

 A Odontologia do HC-FMUSP conta atualmente com mais de 100 cirurgiões-dentistas em diversas especialidades, incluindo alunos de Aprimoramento, Residência e Especialização em Odontologia Hospitalar. Os cirurgiões-dentistas fazem parte do corpo clínico do hospital e trabalham interagindo com a área médica, em suas diversas especialidades, e com as demais áreas de profissionais de saúde da instituição, explica o presidente do CAOH.

 

Doenças bucodentais infecciosas - Para Tesseroli, a importância desse trabalho é reforçada pela prevalência de doenças bucodentais infecciosas, que ainda é alta na população mundial e certamente também no Brasil, particularmente nas populações mais carentes (MS, 2010). Quando crônicas, como a doença periodontal, e especialmente a periodontite, são consideradas fatores de risco para inúmeras doenças sistêmicas. “A despeito do reconhecimento da necessidade de eliminação de infecções crônicas do organismo, ainda persiste a noção leiga de que essas doenças infecciosas bucais não são deletérias. Mas, como qualquer outra infecção, elas afetam o organismo, local e ou sistemicamente”, destaca.

“Além disso, dor orofacial persistente, fraturas e traumatismos faciais, tumores e deformidades faciais e o câncer bucal são motivos frequentes de procura por assistência à saúde em um hospital universitário, muitas vezes relacionados a condições complexas de diagnóstico e tratamento,” explica.

Ele acrescenta ainda que “a Odontologia Hospitalar é mais um conceito do que uma especialidade. Nela a Odontologia generalista ou especializada é aplicada numa população mais crítica do ponto de vista da saúde. Portanto, ela é indispensável a qualquer hospital geral, pois as doenças, desde as corriqueiras como a cárie e a doença periodontal, até graves como o câncer bucal continuam prevalentes na população em geral”, especifica o professor.

Crianças, as mais susceptíveis – É importante realçar que as crianças, particularmente nas populações mais carentes, são mais susceptíveis às doenças bucodentais infecciosas e que essas doenças, por sua vez, podem afetar tanto sua condição sistêmica como seu bem-estar e qualidade de vida. Para ele, é fundamental incrementar medidas de Atenção Odontológica, tanto preventivas, como curativas.

As doenças sistêmicas ou crônicas e os focos infecciosos bucais podem comprometer procedimentos médicos de alta tecnologia, portanto de alto custo, como enxertos e transplantes, além do risco à vida do paciente.

Semana na Saúde Bucal -Dentro deste conceito de focar na saúde bucal dos pacientes internados, o Comitê Assistencial (CAOH) promoveu a 2ª- Semana de Saúde Bucal do HC em alusão ao Dia Mundial de Saúde Bucal, para conscientização das equipes internas. Foi uma oportunidade de reforçar também a aproximação com a Associação Brasileira de Cirurgiões-dentistas (ABCD), tendo a presença do presidente Silvio Cecchetto, que destacou o papel relevante da Odontologia Hospitalar dentro do complexo HC-FMUSP e frente ao paciente e à profissão.

De acordo com Tesseroli, associações de classe como a ABCD são fundamentais para apoio e suporte profissional, conhecendo e divulgando as diversas áreas de atuação profissional, incluindo as inovadoras. “Tudo isso auxilia na discussão e entendimento de questões complexas da Odontologia e na implementação de protocolos e condutas benéficas aos pacientes e à comunidade,” afirma Tesseroli.

Trabalho em equipe - O CAOH é um colegiado formado pelos diretores, supervisores e líderes dos serviços de Odontologia que compõe o Complexo Hospitalar, presidido elo prof. José Tadeu Tesseroli de Siqueira, na foto acima com Silvio Cecchetto e a comissão organizadora da 2ª- Semana de Saúde Bucal do HC-FMUSP-CAOH, integrada por Camila Eduarda Zambon, Sumatra M.C.P. Jales e Rita de Cássia D´Ottaviano Napole.

  

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