Ano XIX nº 224 -

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23/06/2016 

 

Fapesp: menos agressivo, laser é usado contra câncer de cabeça e pescoço

Para oferecer um tratamento menos agressivo a pacientes com câncer avançado de cabeça e pescoço, pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) aplicam de forma experimental em ambulatório da instituição técnica inovadora que utiliza luz infravermelha para remover tumores sólidos.

Introduzida e aprimorada pelo Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Unifesp e realizado com o apoio da Fapesp, a técnica consiste na termoablação do tumor – a evaporação da água no compartimento celular de lesões sólidas e consequente eliminação do tecido tumoral – aplicada em paralelo a injeções intratumorais do medicamento quimioterápico cisplatina.

“Com essa prática ambulatorial conseguimos melhorar certas condições mórbidas do paciente, como sangramento, dor por compressão tumoral, infecção local e odor, que impactam a qualidade de vida em uma doença avançada”, diz Marcos Bandiera Paiva, que trouxe a técnica para o Brasil após 20 anos de pesquisa na Universidade da Califórnia em Los Angeles (Ucla), onde mais de 500 pacientes já foram submetidos ao procedimento com sucesso.

Os pacientes atendidos passam por uma triagem antes de serem submetidos ao tratamento. Entre os elegíveis estão aqueles que não respondem a terapias convencionais, como quimioterapia sistêmica ou radioterapia, e que não podem ser submetidos a cirurgia. É preciso estar em condições clínicas adequadas à administração de anestesia geral.

“A técnica introduz o conceito inovador de um procedimento minimamente invasivo por meio de injeções intratumorais de altas doses de quimioterapia combinada com hipertermia local. Trata-se de um tratamento experimental paliativo para controle local da doença em alguns pacientes selecionados, não havendo garantias de cura, mas considerável melhora de alguns sintomas específicos”, diz Paiva.

Ao contrário da radioterapia, cuja radiação possui energia suficiente para ionizar átomos e moléculas, danificando as células saudáveis e afetando o material genético, o procedimento adotado no ambulatório da Unifesp pode ser repetido após um intervalo de três semanas, garantindo melhores resultados e até a remoção completa do tumor.

De acordo com o pesquisador, “o tratamento traz ainda alguma esperança aos pacientes para que a técnica, localizada, possa ser associada a tratamentos sistêmicos inovadores em cabeça e pescoço, como a administração de Cetuximab, aprovado pela Anvisa em 2010”.

Os pesquisadores seguem buscando aprimorar a técnica de laser-indução de terapia térmica no ambulatório, inclusive para aplicação em tratamentos de outras doenças.
 

Agência Fapesp/Diego Freire / Ilustração: Leo Ramos - Revista Fapesp

Leia na íntegra: http://agencia.fapesp.br/pesquisadores_da_unifesp_usam_laser_contra_cancer_de_cabeca_e_pescoco/23430/

 

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