(Freiburg - Alemanha) - O
tópico Implantodontia já pertence na grande maioria das faculdades de Odontologia ao
currículo normal de graduação. Apesar do espaço indiscutível que os implantes dentais
ocupam dentro da Odontologia moderna ainda são usados na Europa com parcimônia
surpreendente. No entanto, as últimas pesquisas de mercado mostram não somente um
crescimento gradual das vendas, como também uma mudança de perfil do profissional que
faz uso da Implantodontia como recurso de reabilitação oral. Um dos motivos das mudanças desse mercado é o
aumento da população que entra na terceira idade, aliada ao reconhecimento cada vez
maior, tanto por parte dos pacientes como dos cirurgiões-dentistas, do implante dental
como opção de tratamento.
Com base na sua última pesquisa de mercado
feita em 1998, a firma inglesa Datamonitor (Londres) prognostica para o ano 2003, em
nível europeu, um implante para cada 400 habitantes. Isso significa que o número atual
de implantes dentais colocados, que é de 660.000, deve subir para 910.000 atingindo um
valor total de 163 milhões de dólares. As cifras referentes à Europa Ocidental apontam
uma relação de um implante para cada 550 habitantes. Nesse ponto é importante levar-se
em conta as características individuais apresentadas por cada país da Comunidade
Européia. A Suécia, por exemplo, apresenta os melhores resultados com uma relação de
um implante para cada 220 habitantes, ao passo que na Inglaterra essa relação é de um
para cada 3.500 habitantes. A Alemanha apresenta valores acima da média dos países
europeus, com um implante para cada 400 habitantes.
Um reflexo desse processo de mudanças é a
alteração do panorama comercial no que se refere às firmas que fornecem os implantes
dentais para esse mercado. Como conseqüência desse crescimento, essas empresas se vêem
obrigadas a melhorar ou alterar sua política de marketing para permanecerem competitivas.
Pela observação do que vem se desenrolando nos últimos cinco anos na indústria
automobilística internacional, pode-se notar uma tendência de conglomeração de
companhias de grande porte, que visam a uma otimização de seu produto aliado a um
barateamento dos custos de produção. Esse mecanismo também funciona no mercado da
Implantodontia ,que reage às oscilações do mercado consumidor, neste caso representado
pela classe odontológica e pelos pacientes. Como reação ao aparecimento nos últimos
anos de firmas menores de implantes, que conseguem lançar o seu produto no mercado a
preços mais baixos do que aquele oferecido pelos produtores tradicionais de implante,
pudemos acompanhar em 1998 aqui na Europa o processo de fusão de dois grandes nomes do
mercado de implantes dentais: Nobel Biocare e Steri-Oss. Devido a isso temos uma única
firma com 32% do mercado implantológico europeu. (Vide diagrama) Segundo C. Traupe (ZM
89, Nr. 10, 16. S. 1999) após essa fusão que altera o perfil do mercado, não é
possível prever se outras companhias também reagirão desse modo para concorrer com a
provável queda de preço dos implantes, que independente disso devem manter a sua
qualidade. |