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Ano V - Nº 62 -Fevereiro de 2003 - 2ª Quinzena

Arrogância ou...TIMIDEZ?

Dr. Marco Antonio De Tommaso*

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Toda pessoa tímida já ouviu coisas do tipo: "As primeiras vezes em que a vi achei que você não queria conversa, que era convencida. Agora que a conheço bem vejo que é uma pessoa legal".

A conduta do tímido revela um tipo de reserva que freqüentemente é confundida com arrogância. Por medo da avaliação negativa dos outros, receio de ser rejeitado, de não agradar, de fazer ou dizer algo tolo, o tímido se contém, artificializa e formaliza sua conduta.

A leitura feita pela sociedade é que "não quer papo", que "se acha". Isso provoca grande sofrimento interno ao tímido, alem de prejuízos de toda monta, sociais, acadêmicos, profissionais, afetivos.

Na timidez está presente flagrante déficit de auto-estima, no não acreditar em si mesmo, na própria capacidade de conviver e entreter o próximo, de interagir com a sociedade. Uma sensação permanente de inadequação.

O tímido não é frio, ao contrário. Gostaria de "estar lá", de participar, de pertencer, mas não se crê capaz. Tem medo de rejeição, critica-se com muita crueldade, exige-se a perfeição, tem medo de errar, de arriscar. A eminência de rejeição, criada por ele próprio, é tão acentuada que, para evita-la é melhor não arriscar. É preso de pensamentos e sentimentos irreais a respeito de si mesmo, sempre, é claro, se desvalorizando. "Sou tolo", "não sou capaz" e outros.

A hipersensibilidade à rejeição faz com que avalie erroneamente as reações alheias, o que o leva a interpretar negativamente uma reação neutra como sendo negativa.

A baixa auto-estima faz com que necessite de referenciais externos de auto-afirmação, já que não dispõe de critérios externos com os quais possa julgar a si mesmo de forma positiva. Mesmo quando queridos, sentem-se como impostores prestes a serem desmascarados. "Se me conhecessem direito não falariam bem de mim".

Para escapar do mal-estar que sentem em situações sociais, estas pessoas as evitam ou a elas comparecem com grande sofrimento. A fuga e evitação continuamente praticadas para escapar da ansiedade acabam se automatizando, se cronificando na forma de ser da pessoa.

Este tipo de timidez é estudado e tratado satisfatoriamente por modernas formas de psicoterapia, testadas e aprovadas nos grandes centros de pesquisa de todo o mundo.

Lembre-se: NINGÚEM NASCEU PARA SER TÍMIDO!

Marco Antonio De Tommaso
· Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
· Atuou no Ambulatório de Ansiedade do HCUSP
· Credenciado pela Associação Brasileira para Estudo da Obesidade
· Psicólogo das Agências Elite e L’Equipe de Modelos
tommaso@terra.com.br www.saudeweb.com.br/tommaso
(+11) 3887 9738 www.saudeweb.com.br coluna emagrecimento


*Dr. Marco Antonio De Tommaso - Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo – USP; atuou no Ambulatório de Ansiedade do HC/USP; credenciado pela Associação Brasileira para Estudo da Obesidade; psicólogo das Agências Elite e L’Equipe de modelos
E-mail: tommaso@terra.com.br
Internet: www.saudeweb.com.br/ coluna emagrecimento (+11) 3887 9738

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