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Paradigmas da Odontologia

 Ricardo Massayuki Assada*

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Analisar o contexto em que se encontra a Odontologia requer uma visão clara e ampla do macrocenário em que está inserida, principalmente em um momento onde ocorrem significativas transformações. E inicialmente nos parece simples a tarefa de identificar, dissecar e debater as transformações, suas conexões, os seus desdobramentos, porque estamos analisando baseados em nossos paradigmas.

Simplificando, paradigmas são conceitos de padrão estabelecidos pela nossa sociedade, cultura, bom senso, senso comum. Não vemos o mundo como ele realmente é, mas como somos, ou como fomos condicionados a ser. Olhamos através de nossos próprios sistemas de valor, nossas expectativas, pressuposições implícitas sobre como o mundo é e como deveria ser. Assim, quebrá-los ou mesmo mudá-los torna-se uma tarefa árdua, pois os paradigmas colocam filtros para a absorção de informações, definindo limitações, tornando inviável ver através de outros prismas. E esta capacidade de analise sistêmica é realmente importante, num mundo permeado pela velocidade das transformações e pela quantidade de informações. Sendo assim, é tema de domínio obrigatório aos profissionais antenados.

Neste contexto, quais são os Paradigmas da Odontologia?

Para exemplificar podemos citar o Paradigma da tecnificação, ou seja, a formação de um perfil de profissional que tem direcionado sua carreira, exclusivamente, no sentido da tecnificação do trabalho odontológico. E esta tecnificação em detrimento das questões multifatoriais, gera desdobramentos que afetam os profissionais e suas interações, trazendo consigo uma alienação inconsciente a fatores que direta ou indiretamente vão incidir sobre nossa vida sócioeconômica.

Na ânsia do aperfeiçoamento técnico e da absorção dos elementos digitais, que realmente são importantes, estamos deixando de dar a devida atenção a outros desenvolvimentos. O contexto exige um novo profissional, munido de um perfil diferenciado, que além da formação técnica, possua um embasamento holístico, a completa formação do profissional depende de uma qualificação integrada de conhecimentos.

Paradigmas como o do profissional liberal, da profissão de elite, dos altos honorários, dos bodes expiatórios e principalmente do individualismo profissional devem ser urgentemente revistos.

Se as nossas preocupações não forem transformadas em ações, não modificam nada. Ficar discutindo o que foi ou o que poderia ter sido, não traz resultados, devemos sim, partir para as realizações.

Transformações sempre geram conflitos, trazendo a necessidade do gerenciamento das mudanças através de ações imediatas. Sendo pré-requisito trabalhar nossos paradigmas e nossas limitações, tornando perceptível à visão do que se julga impossível hoje, ser o padrão, amanhã!

É essencial "aprender a aprender" que as incertezas fazem parte da vida.


* O autor é cirurgião-dentista graduado pela FOP-UNICAMP, Pós-graduando em Gestão de Planos de Saúde. Auditor odontológico e coordenador de Produtos da Sadincremental Odontologia. Consultor de Gestão em Odontologia da Odonto Manager. Este texto pode ser reproduzido, desde que citada a fonte.
E-mails para odontomanager@ajnaweb.com.br

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