NA REDE
Edição 152- 25/04/2010
Japoneses usam
paciente robô na faculdade de Odontologia
Se o estudante de
Odontologia não usa o motor de forma correta, a “paciente” Hanako Showa
grita de dor. Sentada na cadeira do consultório odontológico de uma
universidade de Tóquio, a robô-cobaia, de formas humanóides, recebe
tratamento odontológico como se fosse um paciente de verdade, já que sua
boca tem dentes e possui, inclusive, zonas sensíveis, podendo movimentar a
língua, salivar e responder a perguntas do cirurgião-dentista, graças a um
dispositivo de reconhecimento e síntese vocais.
Hanako foi concebida no
laboratório da Universidade Waseda, em conjunto com a empresa de robótica
Tmsuk e é a terceira geração do andróide projetada, e a que deu mais certo.
A robô foi programada para, em caso de dor, gemer, virar bruscamente a
cabeça e arregalar os olhos. Ela ainda pode reagir fechando a boca ou
jogando o braço para trás. E ainda, quando a intervenção é mais longa, ela
demonstra sinais de fadiga e não consegue manter a boca bem aberta.
"O número de incidentes
registrados na cadeira de dentista é considerado duas vezes maior no
primeiro ano de exercício do profissional do que no segundo", explica o
professor Kotaro Maki da Universidade Showa de Tóquio. Ele ainda diz que
outra lacuna diz respeito à comunicação com uma pessoa que sofre.
"Com o robô, os
estudantes podem repetir os exercícios inúmeras vezes e melhorar os erros,
adquirindo experiência", continua o professor. "Com o robô, a gente se sente
mais próximo da realidade. Ao contrário dos meios antigos, Hanako reage
espontaneamente, como uma verdadeira paciente", comenta um estudante, Shugo
Haga.
|