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Nanotecnologia combate o câncer de pele sem danificar células saudáveis Cientistas americanos desenvolveram uma técnica arrojada para combater o melanoma. Esferas minúsculas e ocas feitas de ouro, acopladas a uma molécula orgânica capaz de se prender apenas às células cancerosas, são injetadas no organismo. Foi constatado que ao submeter o paciente a um banho de luz infravermelha, as pequenas esferas fritam o câncer, sem danificar as células saudáveis. Os únicos pacientes tratados até agora foram camundongos, mas os resultados já animaram os pesquisadores, que pretendem obter autorização para conduzir testes em humanos. O resultado, obtido pelo grupo de Chun Li, do Centro de Câncer da Universidade do Texas M.D. Anderson, está na última edição do periódico científico "Clinical Cancer Research". A pesquisa demonstra o potencial da nanotecnologia na medicina, uma vez que as esferas de ouro são medidas em nanômetros (milionésimos de milímetros). Com seu tamanho diminuto, elas conseguem adentrar as células cancerosas. De acordo com os pesquisadores, o procedimento é especialmente atraente por ser minimamente invasivo. Em vez de abrir o paciente, basta injetá-lo com as nanopartículas. Depois, a luz infravermelho penetra a camada superficial da pele e atinge as pequenas esferas de ouro. O aquecimento das esferas acaba por destruir a célula cancerosa. De acordo com os pesquisadores as nanopartículas se concentram mais nas células cancerosas pelo fato de que essas possuem poros maiores. Além disso, acoplada a essas pequenas esferas há uma biomolécula, chamada de peptídeo. É uma espécie de miniproteína, cuja propriedade principal é "se encaixar" a um receptor que é muito abundante em células de melanoma.
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Ed.146-07/10/2009 |
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