Cadastre seu e-mail

 
Ano X nº 151 -

Agenda grátis

Clima/Tempo

Concursos

Cotações/Moedas

Horóscopo

Portal da Câmara

Portal do Consumidor

Viagens

PESQUISA&TECNOLOGIA
Edição 151 - 08/03/2010

 

Canto pode reativar fala após derrame, diz estudo

Ensinar pacientes vítimas de derrame cerebral a cantar pode "reconectar" seus cérebros e ajudá-los a recuperar a fala, segundo afirmam cientistas americanos. Segundo os pesquisadores, o canto usa uma área diferente do cérebro que a área envolvida na fala. Se a "área da fala" é danificada em um derrame, os pacientes poderiam aprender a usar a "área do canto" em seu lugar. A pesquisa foi apresentada durante a reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em San Diego, na Califórnia.

Estudo clínico – Segundo os pesquisadores, um estudo clínico em andamento teria mostrado como o cérebro responde a essa "terapia de entonação melódica". De acordo com o coordenador do estudo, o neurologista Gottfried Schlaug, da Faculdade de Medicina de Harvard, em Boston, a terapia já está estabelecida como técnica médica.

Os pesquisadores começaram a usá-la ao descobrir que pacientes vítimas de derrames que haviam ficado incapacitados de falar ainda eram capazes de cantar.O estudo apresentado por Schlaug foi o primeiro a combinar essa terapia com exames do cérebro com imagens, que "mostram o que está realmente acontecendo no cérebro" quando os pacientes aprendem a cantar suas palavras.

Conexões – A maioria das conexões entre as áreas do cérebro que controlam os movimentos e aquelas que controlam a escuta estão no lado esquerdo do cérebro. "Mas há uma espécie de buraco correspondente no lado direito. Por alguma razão, ele não tem as mesmas conexões, então o lado esquerdo é mais usado na fala", disse Schlaug à reportagem da BBC. "Se você danifica o lado esquerdo, o lado direito tem problemas em cumprir esse papel", explicou. Quando os pacientes aprendem a colocar palavras em melodias, as conexões cruciais se formam no lado direito de seus cérebros.

Cantores profissionais – Estudos anteriores com imagens do cérebro mostraram que essa "área do canto" é superdesenvolvida nos cérebros de cantores profissionais. Durante as sessões de terapia, os pacientes aprendem a colocar suas próprias palavras em melodias simples. Segundo Schlaug, após uma única sessão pacientes de derrame que não eram capazes de formar nenhuma palavra inteligível aprenderam a dizer a frase "estou com sede" combinando cada sílaba com uma nota de uma melodia.

Os pacientes também eram encorajados a marcar cada sílaba com suas mãos. Segundo Schlaug, isso parecia ter um efeito de um "marca-passo interno" que tornaria ainda mais efetiva a terapia. "A música pode ser um meio alternativo para envolver partes do cérebro que não são envolvidas normalmente", afirmou.

Fonte: BBC

 

VEJA MAIS EM PESQUISA & TECNOLOGIA

 

3º Setor | Anuncie | Arquivo JSO | Bastidores | Estatística | Expediente | Legislação | Fale com o JSO | Mural/Cartas | Utilidade Pública

Copyright @ 1999 Edita Comunicação Integrada. Todos os direitos reservados.
Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem prévia autorização por escrito.
Melhor visualização 1024x768pixels