Próteses faciais começam a descolorir
em 45 dias, diz pesquisa
O cirurgião-dentista
Ricardo Henrique Cardim, da Faculdade de Odontologia da
Universidade de São Paulo (FO-USP), iniciou pesquisa ao notar
contradições entre a literatura mundial e a prática clínica no que
diz respeito à vida útil de próteses faciais. Enquanto registros
literários indicavam que os produtos poderiam perder coloração
entre três e 36 meses de uso, na prática observava-se perda de
coloração antes dos três meses.
Diante disso, o
pesquisador avaliou três tipos de silicone usados na fabricação de
próteses bucomaxilofaciais, sendo colhidas 10 amostras de cada um
deles. Cardim expôs metade das amostras às intempéries ambientais
– sol, chuva, poluição –, seguindo protocolos internacionais para
testes da American Society for Testing Materials (ASTM), dos EUA.
Já as outras 15 amostras foram mantidas em condições ambientais
controladas e livres de intempéries climáticas.
Utilizando um
espectrofotômetro, o pesquisador mediu as alterações cromáticas
nas primeiras 24 horas, nos 45 dias e nos 90 dias após o início da
experiência. Nesse período, Cardim identificou que “no grupo
exposto, as três amostras sofreram alterações nos primeiros 45
dias, e que essas mudanças cromáticas foram aumentando
gradualmente até os 90 dias da experiência”.
A pesquisa pode
auxiliar no estabelecimento de novos protocolos de trabalho para a
fabricação das próteses. “Se conseguirmos trabalhar com novos
materiais, mais resistentes, poderemos dar mais qualidade de vida
a esses pacientes”, afirmou Cardim.
Fonte: USP
Ed147: 06112009
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